
galandum galundaina
“A música não se inventa; reencontra-se.”
Este é o princípio que guia Galandum Galundaina, grupo de referência na música
tradicional portuguesa, profundamente enraizado na cultura das Terras de Miranda,
no Nordeste Transmontano. Há mais de 25 anos que o grupo desenvolve um trabalho
singular de investigação, recriação e difusão de um património musical e etnográfico
rico e ancestral, muitas vezes esquecido.
Com uma abordagem que alia rigor etnográfico, formação académica e mestria
instrumental, Galandum Galundaina dá nova vida aos cantos, ritmos e instrumentos
tradicionais da região: a gaita-de-foles mirandesa, o rabel, o tamboril, a sanfona, o
cântaro, o pandeiro mirandês, entre muitos outros. A música do grupo não pretende
reinventar, mas sim restituir a paisagem sonora de uma cultura viva, em permanente
reencontro com a sua memória coletiva.
O seu repertório, de base tradicional mas recriado com sensibilidade contemporânea,
cruza harmonias vocais, percussões ancestrais e melodias pastoris, criando um
ambiente onde o tempo parece suspenso. Em palco, cada concerto é uma viagem
imersiva pelo território mirandês, marcada por autenticidade, emoção e excelência
musical.
Ao longo da sua carreira, Galandum Galundaina lançou quatro álbuns de estúdio e um
DVD ao vivo, com destaque para Senhor Galandum (2010), distinguido com o Prémio
Megafone e eleito um dos dez melhores álbuns nacionais pelos jornais Público e Blitz.
O grupo esteve ainda na base da padronização da gaita-de-foles mirandesa e tem
promovido a construção e utilização de instrumentos tradicionais em palco.
Paralelamente, desenvolve atividades de curadoria e programação de eventos
dedicados à cultura tradicional.
Reconhecidos em Portugal e no estrangeiro, os Galandum Galundaina têm marcado
presença nos principais festivais de world music e folk na Europa, África, América
Latina e Ásia, com atuações em países como Espanha, França, Alemanha, Bélgica,
Itália, Marrocos, Cuba, Brasil, Cabo Verde, México, Macau e Malásia.
Galandum Galundaina é mais do que um grupo musical: é um projeto de resistência
cultural, uma celebração das raízes e um tributo à alma de um território.
Paulo Preto – voz, sanfona, gaita-de-foles mirandesa, dulçaina, flauta pastoril, tamboril
Alexandre Meirinhos – voz, caixa de guerra, bombo, pandeireta, pandeiro mirandês,
tamboril, cântaro
Paulo Meirinhos – voz, rabel, gaita-de-foles, realejo, pandeireta, pandeiro mirandês
João Pratas – voz, flauta pastoril, flauta de osso, tamboril, saltério, flauta transversal,
bombo, pandeiro mirandês, charrascas
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